segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Ambiguidades estatizantes

Lula não fará nada pela reestatização da Vale do Rio Doce porque não quer assustar o mercado. Ou, pelo menos, finge. Ele emprega a tática da ambiguidade. Deixa que suas bases de apoio lancem suspeitas sobre as privatizações. Deixa o plebiscito sobre a reestatização da Vale ser aprovado pelo 3º Congresso do PT, no qual Lula mandou e desmandou. Sabe que os resultados da privatização foram um sucesso e trouxeram benefícios ao País. Entretanto, não fala deles e na campanha eleitoral demonizou as privatizações!

O cientista político Eduardo Graeff, escreve na Folha de S. Paulo (17.set.2007), sob o título Lula e seus militantes amestrados:

  • "O plebiscito sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce não foi para valer, Lula esclareceu na coletiva de rádio dias depois de o PT anunciar sua adesão à iniciativa do MST e outros. A rigor, o 'não tenho nada com isso' dele também não é para valer.

    Às vésperas do plebiscito, enquanto o presidente da República negava que a reestatização da Vale estivesse ou pudesse vir a estar na agenda de seu governo, militantes de camiseta vermelha recolhiam assinaturas para o plebiscito comodamente instalados na portaria do Ministério do Planejamento ao som do hino da Internacional Comunista. O que vale mais: a palavra do presidente ou as centenas de milhões de reais com que irriga o MST, a CUT, a UNE etc.?"

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