terça-feira, 23 de outubro de 2007

Em curso uma revolução socialista autoritária

Em curso uma revolução socialista autoritária
As palavras do título deste post não são fruto de nenhuma figura de retórica do autor deste blog, nem provenientes de algum exagero das análises que aqui se fazem.

São, isso sim, as palavras do Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Carlos Fernandes Xavier, em comunicado ao público e às autoridades.

O Presidente da FAEPA lança um apelo às autoridades para que ponham cobro a uma situação de grave subversão dos princípios que regem o Estado de Direito. E para que se restaure de imediato o respeito pelos direitos dos empresários, produtores rurais, pecuaristas e demais cidadãos que, responsáveis pela produção de alimentos, geradores de emprego e renda, desejam trabalhar em paz e ver asseguradas as garantias de suas próprias vidas.

Em seu comunicado, Carlos Fernandes Xavier, recorda ainda diversas agressões à propriedade privada, com invasões e saques e até a crimes de sangue perpetrados pelos ditos "movimentos sociais". Relembra ele um, ocorrido há bem pouco, em que um jovem filho de fazendeiro, recém formado, foi tocaiado, juntamente com quatro empregados, sofrendo verdadeira fuzilaria da parte de elementos de um desses movimentos. O jovem veio a falecer.

Comento eu que, como não era um dos "companheiros" dos movimentos sociais, o jovem filho de fazendeiro, brutalmente assassinado, não teve direito a destaque proporcional em nossos grandes meios de comunicação. E a organização da qual faziam parte os assassinos não foi considerada "milícia". Afinal só são "criminosos" os que tentam defender suas fazendas invadidas por hordas de agitadores.

Certeza de impunidade
Mas voltemos ao comunicado do Presidente da FAEPA. Seguem alguns dos trechos mais importantes:

  • "A Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, lídima representante dos produtores rurais, torna público aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo e à população paraense, a sua profunda preocupação, associada a um sentimento de extrema indignação e revolta com o terrorismo que se implantou no Estado do Pará, disfarçado no rótulo de movimentos sociais onde se abrigam bandidos que agem, impunemente, em total subversão aos princípios que regem o Estado de Direito.

    Não há dúvida de que, sob o manto de supostos princípios de justiça social e em defesa de uma reforma agrária pretendida que se implante ao arrepio da lei e da ordem, está em curso no Brasil uma revolução que objetiva implantar um socialismo autoritário, que está sendo sustentada por recursos públicos e travestida por dezenas de movimentos que, embora se proclamam sociais, são, de fato, células políticas de uma estrutura muito bem organizada que objetiva demolir a democracia e instaurar um Estado gigante, cerceador da livre iniciativa. ....

    Esta é a triste realidade deste Estado, posto a mercê dos chamados movimentos sociais que invadem, depedram, atentam contra o meio ambiente e matam cidadãos que produzem, geram empregos e pagam seus impostos, sem que nada lhes aconteça. A certeza da impunidade e a cobertura que recebem de entidades públicas lhes atiça a sanha e a fúria contra quem, lutando contra todas as dificuldades, ajuda a construir a economia deste Estado. Quedamo-nos perplexos ao observar que se está confrontando o próprio Poder Judiciário, último guardião das aspirações de todos os cidadãos que anseiam pelo respeito ao Direito e à Justiça, pois decisões judiciais deixam de ser cumpridas ante a inércia do aparelho policial.

    As instituições que se dizem representativas dos Direitos Humanos só se manifestam quando as vítimas são oriundas desses chamados movimentos sociais, mas se fazem silentes, indiferentes aos dramas que enfrentam os que vêem ser ceifada a vida de empresários".

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Um comentário:

ZEPOVO disse...

Existem dois ou mais lados para toda esta questão. A questão - terra- já matou muito e vai matar mais no Brasil. Os dois lados tem seus radicais que gostam de resolver as pendengas na bala.
Tem muito sem terra bandido, e muito grileiro posando de proprietário. Tem muito fazendeiro cujas escrituras não suportam uma auditoria. Tem muito ruralista cuja familia conseguiu suas terras bem ao estilo MST/Campesina.
Não acho que atualmente existam recursos financeiros, técnicos e de inteligencia policial para solução do conflito.Existem dificuldades até para a justiça interpretar as ações ,visto a enxurrada de liminares à cada invasão!