domingo, 16 de março de 2008

Conselho de Defesa... do terror?

Conselho de Defesa... do terror?
O Presidente Lula lançou na praça um novo projeto: o Conselho de Defesa da América Latina.

Foi durante a visita ao País da Secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleeza Rice. A idéia, na verdade, é a elaboração de projetos de defesa comum para a região, enunciados por Hugo Chávez. E, no fundo, a concretização de metas do Foro de São Paulo.

Para justificar seu plano, o Presidente disse que um organismo desse tipo pode tornar "mais eficaz" a solução de crises como a que envolveu a Colômbia e o Equador, a propósito do ataque ao acampamento terrorista do líder das FARC, Raul Reyes.´

Vejamos o que o Presidente entende por soluções "mais eficazes".

Chávez promotor do terrorismo
Lula decidiu apresentar seu plano, antes de tudo, a Hugo Chávez. O fato é simplesmente espantoso.

Primeiro, porque Hugo Chávez está promovendo uma corrida armamentista desproporcionada e que chama a atenção de todos os especialistas. As atitudes belicistas de Chávez durante a atual crise demonstram que sua intenção é desestabilizar militarmente a região.

Em segundo lugar, é estranho que Lula vá propor a Chávez um Conselho de Defesa da América Latina, para resolver crises como a atual, quando Chávez está sendo apontado como o grande financiador das FARC e, portanto, do terrorismo.

Como fazer um Conselho de Defesa da América Latina com um Estado promotor do terrorismo? Será um Conselho de Defesa... do terror?

Era natural que Lula tivesse de início exposto seu plano à Argentina, pela importância das relações entre os dois países. Ou, então, ao governo da Colômbia, vítima de uma guerra terrorista. Mas não, Lula foi-se acertar com seu "companheiro" Chávez.

Evitar a OEA e pressionar a Colômbia
Traduzindo o plano de Lula:

Lula quer criar um outro organismo, para evitar a OEA, onde não conseguiu impor a tão desejada condenação à Colômbia.

Em seu mal disfarçado anti-americanismo, Lula deseja ainda o afastamento dos Estados Unidos dos assuntos regionais. A intenção só pode ter um motivo ideológico e estratégico, pois, pela importância da relação de todos os países da região com os Estados Unidos, tal alijamento não faz sentido.

Cabe ainda frisar que se os Estados Unidos não tivessem dado seu apoio ao governo legítimo da Colômbia, este país continuaria a ser vítima do caos terrorista, acobertado e promovido por governos como o de Chávez e o de Correa no Equador, e beneficiado pela complacência mal disfarçada de governos ditos moderados, como o de Lula.

Lula quer, além disso, poder pressionar o governo de Álvaro Uribe a aceitar as chantagens das FARC, incluindo a entrega a estas de um território desmilitarizado dentro da Colômbia. É isto que ele qualifica de soluções "mais eficazes" de crises como a atual.

É que, afinal, o governo Lula proclama sua "neutralidade" diante das FARC. Como se neutralidade não fosse cumplicidade (tratei do assunto no post abaixo Neutralidade dos covardes) .

Entrave ao projeto bolivariano
O que parece claro é que a Colômbia se tornou o grande entrave ao projeto expansionista de Socialismo do século XXI, de Hugo Chávez. Plano que tem como um dos elementos ativos o terrorismo das FARC (e grupos similares). Projeto esse acobertado, entre outros, por Lula.

Por isso a diplomacia brasileira está incomodada com o princípio enunciado, com clareza, pela Secretária de Estado dos Estados Unidos em sua visita ao País: "Fronteiras são importantes, mas as fronteiras não podem se tornar meios pelos quais terroristas se escondem e se envolvem em atividades de matar civis".

Afinal, o ataque militar empreendido pelo governo de Álvaro Uribe ao acampamento terrorista das FARC no Equador deixou claro que a "aliança bolivariana" não poderá transformar seus territórios em santuários do terror.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo inteiramente com os comentários aqui feitos. Tratar com Hugo Chávez da constituição de um Conselho de Defesa da América Latina equivale a entregar à raposa a segurança do galinheiro... Que inimigos o referido Conselho pretende combater e com que eficácia, uma vez que vários de seus países-membros não consideram como tais as FARC, apesar de estas virem ensagüentando a Colômbia e mantendo cativa uma parcela de sua população ao longo de 40 anos? Isso já não seria suficiente para se mobilizarem? Se não combatem um mal já existente, por que então organizar-se para combater um mal futuro e desconhecido? De mais a mais, que credibilidade tem o governo Lula para falar em defesa da América Latina quando seu governo não defende nem mesmo a vasta parcela de proprietários rurais brasileiros, permanentemente agredidos pelas hordas do MST? Seria o caso de dizer: "Mateus, defende primeiro os teus!"

Anônimo disse...

A impressão que Lula transmite é verdadeira em vários quesitos apontados. Sua performance está impregnada de dubiedade em relação a tais fatos e asuntos mas de pontaria certeira em outros, e como!No meio desse jogo, a visita da Condolleza, já tarimbada em lidar com militarizados, belicistas e dúbiozinhos como Lula, Chávez e adjacentes.Esses ela coloca no bolso!
Parabéns pelo post e saudações!
Thèrése